quarta-feira, junho 28

Música é o melhor remédio

Estudo feito com 60 pessoas nos Estados Unidos indica que ouvir uma hora de música por dia ajuda a reduzir dores crônicas em até 21% e depressão em até 25%Música é o melhor remédio
30/05/2006 Agência FAPESP - Ouvir música pode reduzir dores crônicas em até 21% e depressão em até 25%. A conclusão é de um estudo feito nos Estados Unidos, publicado na nova edição do periódico britânico Journal of Advanced Nursing.A pesquisa foi feita com 60 pessoas de ambos os sexos e com entre 21 e 65 anos, todos portadores de dores crônicas não-malignas, estado caracterizado pela presença de dores resistentes a intervenções tradicionais. Os pacientes sofriam de problemas como dores nas costas, osteoartrite e artrite reumatóide, em média há seis anos.Os voluntários foram divididos em três grupos com 20 integrantes cada um, dois deles submetidos a sessões de audição musical e um grupo controle que não ouviu música no período de estudo.As autoras da pesquisa, Sandra Siedliecki, da Fundação Clínica de Cleveland, e Marion Good, da Universidade Case Western, verificaram que os grupos que ouviram música uma hora por dia durante uma semana apresentaram melhoria nos sintomas físicos e psicológicos em relação ao grupo controle.“O primeiro grupo foi convidado a escolher o estilo musical preferido, que variou de rock a baladas melodiosas e de pop a sons da natureza comumente usados para promover sono ou relaxamento”, explica Sandra em comunicado da Blackwell Publishing, editora do Journal of Advanced Nursing.O segundo grupo escolheu entre cinco tipos de músicas relaxantes selecionadas pelas pesquisadoras, com peças de jazz, piano, orquestra, harpa e sintetizador.Os grupos que ouviram música reportaram queda nas dores entre 12% e 21%, medidas pelo questionário McGill, inventário que consiste de 78 palavras descritoras, organizadas em quatro grupos e 20 subgrupos e uma escala de 0 a 100, onde 0 significa ausência de dor.Outros pontos positivos foram verificados, como 19% a 25% menos de relatos de depressão em relação ao grupo controle. Os pacientes submetidos à audição de peças musicais também disseram sentir maior capacidade de controlar as dores.“Houve pequenas diferenças nos valores identificados nos dois grupos que ouviram música, mas ambos mostraram melhorias consistentes em cada uma das categorias analisadas”, disse Sandra. “Dores crônicas não-malignas constituem um grande problema de saúde pública e qualquer novidade que possa oferecer algum alívio é bem-vinda.”O artigo Effect of music on power, pain, depression and disability pode ser lido gratuitamente no site do Journal of Advanced Nursing, em www.journalofadvancednursing.com.